O Projeto TEACOLHE
A Política de Atendimento Integrado à Pessoa com Transtornos do Espectro Autista (TEA), também chamada de programa TEAcolhe foi lançado pelo Governo do Estado em 2021. Ele prevê a criação de 30 Centros Regionais de Referência (CRR) e sete Centros Macrorregionais de Referência (CMR) para organizar e fortalecer as redes municipais de saúde, de educação e de assistência social no atendimento às pessoas com autismo e suas famílias. Os objetivos do TEAcolhe são qualificar os profissionais das diferentes áreas que lidam com o autismo, sensibilizar a sociedade quanto à inclusão da pessoa com autismo e da família e horizontalizar o atendimento multiprofissional integrado à pessoa com autismo e à família.
Em Setembro de 2022 através da Secretaria de Educação, da Secretaria da Saúde e da Secretaria da Assistência Social de São Lourenço do Sul e seus profissionais de referência Katia Specht, Samantha Grigoletti , Jaqueline Bergmann e Nóris Cardozo Farias teve o início do Centro Regional de Referência de São Lourenço do Sul, atendendo 20 municípios, juntamente com a MACRORREGIONAL. No início do projeto foi realizado o matriciamento das regiões, colhendo informações do número de crianças com diagnóstico TEA, organizando as demandas das equipes e tentando entender como funcionava o fluxo de atendimento das pessoas com autismo.
O Centro de Referência TEACOLHE, através da Secretaria de Saúde e supervisão da secretária Adriane Huber Martins, funciona com uma equipe multidisciplinar, contando com a Coordenadora Nóris Cardozo Farias, a Psicóloga Vitória Ribeiro das Neves, a profissional de educação física Mônica Pereira Ehlert, Psiquiatra Infantil Dr. Tiago Terres e a fonoaudióloga-Eliza Andersen.
O objetivo é oferecer apoio institucional e vínculo interpessoal às famílias de pessoas com TEA a partir de espaços de atendimento integrados. Assim, uma pessoa com espectro autista terá a possibilidade de um atendimento qualificado em toda a região, independente de onde estiver.
Atualmente os CENTROS REGIONAIS DE REFERÊNCIA: tem as seguintes atribuições:
*Oferecer suporte às redes locais em conjunto com CMR;
*Construir o ponto focal nos municípios da região de abrangência para estratégias e articulações intra e intersetoriais e qualificação no tema;
*Sistematizar o acompanhamento e monitoramento dos municípios por meio do ponto focal;
*Organizar a agenda para atendimento dos casos graves, previamente discutidos;
*Solicitar o matriciamento da equipe do CMR quando necessário ao melhor acompanhamento do trabalho.
Além do objetivo de promover um atendimento acolhedor e humanizado às pessoas diagnosticadas com Transtornos do Espectro Autista (TEA), e suas famílias, o TEAcolhe promove a cidadania e sensibiliza a sociedade para a importância da inclusão e conhecimento sobre o autismo. Para isso, o programa visa qualificar os profissionais das diversas instituições e serviços que o integram quanto ao atendimento a pessoas autistas."O objetivo do TEAcolhe são os atendimentos dos TEA refratários e graves, além da busca de qualificação técnica dos profissionais, horizontalização do atendimento multiprofissional integrado e a sensibilização quanto a inclusão da pessoa com TEA em sua família. " ressaltou a coordenadora do programa Coordenadora do Projeto TEAcolhe Nóris Cardozo Farias.
O TEAcolhe oferece treinamento, reuniões on-line, palestras para os profissionais de referência da área , assistência social, professores e profissionais de saúde buscando informações sobre quantas crianças são, quais os desafios que estes profissionais enfrentam, repassando boas práticas e organizando.
Localmente o TEAcolhe esta inserido dentro do Cuide, e atende crianças que são encaminhadas pelas unidades de referência: O TEAcolhe oferece atendimento a crianças diagnosticadas com Autismo refratário ou severo. Até o momento tem 76 pessoas com TEA atendidas no município e 729 na região.
Esse tipo de iniciativa busca garantir e promover o atendimento às necessidades específicas das pessoas com autismo, possibilitando o seu desenvolvimento pessoal e a sua inclusão social.
O entendimento sobre o autismo ainda é recente, e precisamos seguir com o ensino e a pesquisa sobre essa condição.
